O vereador Dr. Vinicius Pires (Republicanos) usou a tribuna da Câmara Municipal de Palmas no último dia 17 de junho para denunciar a escalada da violência contra profissionais da saúde na capital, especialmente contra médicas que atuam em unidades básicas.
Durante o discurso, Vinicius citou dois casos recentes ocorridos no início de junho, quando as médicas Bruna Antunes e Stephanie Frota foram agredidas enquanto trabalhavam na unidade de saúde da 806 Sul, no Plano Diretor Sul. O parlamentar classificou o cenário como alarmante e cobrou providências da gestão municipal.
“Os profissionais de saúde, principalmente médicos, estão sofrendo nas unidades básicas. Falta o mínimo para o médico desenvolver sua função. Falta segurança. Na semana passada, na unidade da 806 Sul, mais duas médicas foram agredidas. E aqui eu cito a doutora Bruna Antunes e a doutora Stephanie Frota. Eu cito que elas foram agredidas em sua unidade básica, mas eu também cito aqui diversos relatos que eu recebi". cita Dr. Vinicius
O vereador também chamou a atenção para os atendimentos em horário noturno e a ausência de medidas básicas de segurança, principalmente para profissionais mulheres. Segundo ele, há unidades localizadas em regiões mais afastadas de Palmas que funcionam até às 19h, expondo médicos a riscos sem a presença de vigilantes ou qualquer suporte emergencial.
Dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) revelam que mais de 4.500 médicos foram agredidos no Brasil apenas em 2024 — o equivalente a um profissional atacado a cada duas horas. A maioria das vítimas são mulheres, atuando em unidades públicas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao final do pronunciamento, Vinicius Pires expressou solidariedade às médicas agredidas e às entidades que se posicionaram sobre o caso. O vereador anunciou que protocolou medidas com o objetivo de garantir proteção aos profissionais de saúde do município.
“E aqui eu venho deixar meu apoio irrestrito às médicas envolvidas e também às entidades que se posicionaram com firmeza. São elas, Associação Tocantinense de Medicina de Saúde da Família, o Sindicato Médico e o Conselho Regional de Medicina que exigiram atitudes. E eu venho por meio disso, não apenas manifestar o meu repúdio à violência quanto profissional de saúde, mas eu protocolei hoje nessa casa medidas para a defesa dos nossos profissionais de saúde, bem como projeto de lei para resguardar a condição dos nossos profissionais de saúde.” Vinicius Pires
