Na manhã desta terça-feira, 12, o vereador Carlos Amastha (PSB) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Palmas para repercutir o vídeo publicado recentemente pelo influenciador digital e humorista Felca. Amastha propôs, de forma coletiva, a criação do chamado “Projeto de Lei Felca”, voltado para enfrentar a sexualização precoce e a adultização de crianças nas redes sociais.
O vídeo, lançado em 6 de agosto, tem cerca de 50 minutos e aborda casos de exposição indevida de menores a comportamentos e conteúdos típicos de adultos, prática conhecida como adultização infantil. Felca denuncia episódios de exploração sexual e emocional de crianças, inclusive envolvendo influenciadores que incentivavam situações impróprias em troca de visibilidade.
A repercussão foi imediata: em menos de uma semana, a publicação alcançou quase 30 milhões de visualizações e provocou reações em diferentes esferas. Perfis de suspeitos foram suspensos, e no Congresso Nacional parlamentares anunciaram projetos de lei para endurecer punições e agilizar a remoção de conteúdos ofensivos. Há também discussões para instalação de uma CPI no Senado.
No plenário, Amastha destacou que o vídeo já ultrapassou 32 milhões de visualizações e classificou o problema como crime e violência moral e ética contra crianças. O vereador criticou a participação, por vezes involuntária, de pais na exposição indevida dos filhos e afirmou que a escola, mesmo diante de críticas sobre militarização, pode oferecer valores e proteção a menores em situação de vulnerabilidade.