Durante reunião do Conselho Municipal de Saúde, realizada na quinta-feira, 31 de julho, o vereador Dr. Vinícius Pires (Republicanos) fez um amplo diagnóstico da situação da saúde pública em Palmas e criticou a falta de planejamento da gestão municipal em áreas consideradas essenciais. Em sua fala, o parlamentar — que também é médico — reforçou o compromisso com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e cobrou soluções urgentes para problemas estruturais e de pessoal.
Dr. Vinícius destacou a carência de profissionais, especialmente médicos e técnicos de enfermagem, que afeta diretamente a cobertura em unidades básicas e serviços especializados. Ele mencionou a situação da maternidade pública, que chegou a operar com apenas um médico plantonista durante o período em que o prefeito estava afastado judicialmente, comprometendo atendimentos essenciais.
“Temos um déficit crônico de profissionais. Faltam médicos, técnicos de vacina, farmacêuticos, e isso impacta diretamente no atendimento à população. A vacinação está prejudicada porque falta quem aplique as vacinas”, afirmou.
Outro ponto levantado foi o colapso no fornecimento de medicamentos. Segundo o vereador, mesmo após uma revisão administrativa, não houve um plano eficaz de abastecimento regular das farmácias da rede pública. Ele também mencionou a paralisação do ônibus que realiza eletroencefalogramas por falta de neurologista, e a subutilização de um centro cirúrgico móvel que poderia ser usado para estereotomias, mas está inativo.
“Temos equipamentos caros parados por falta de pessoal. A gestão insiste em dizer que não há recursos, mas os dados mostram o contrário: o problema é de prioridade e má gestão”, criticou.
Dr. Vinícius também comparou Palmas a cidades do interior como Araguaína, que realiza cirurgias cardíacas e possui estruturas hospitalares mais avançadas, mesmo com arrecadação proporcionalmente menor. Ele lamentou o atraso no pagamento do data-base dos servidores da saúde e afirmou que a cobrança por esse direito básico revela a falta de respeito com os profissionais.
Além disso, o vereador cobrou o chamamento imediato do cadastro reserva dos concursos da Saúde e da Educação, reiterando que a ausência de concursos não pode ser desculpa para não suprir o déficit atual. Ele também pediu atenção para a saúde mental, citando a necessidade de reestruturação do CAPS infantil e ampliação do atendimento na rede.
“Seguiremos cobrando respeito ao servidor, compromisso com a saúde pública e responsabilidade com o planejamento. Palmas precisa sair da estagnação e voltar a priorizar o cidadão”, concluiu.