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Na tribuna, deputada Vanda Monteiro repudia feminicídio de jovem indígena e cobra efetividade de leis no Tocantins

A vítima foi violentada e teve o corpo carbonizado, crime que causou comoção no Tocantins e repercutiu em todo o país.

09/09/2025 às 14h16 Atualizada em 09/09/2025 às 14h20
Por: Redação
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Vanda Monteiro, deputada estadual
Vanda Monteiro, deputada estadual

A deputada estadual Vanda Monteiro (UB), presidente da Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa, usou a tribuna nesta terça-feira (9) para repudiar o feminicídio de uma jovem indígena de apenas 18 anos, ocorrido na comunidade Javaé, na Ilha do Bananal. A vítima foi violentada e teve o corpo carbonizado, crime que causou comoção no Tocantins e repercutiu em todo o país. A parlamentar cobrou celeridade nas investigações 

“Esse feminicídio não é apenas um crime, é uma afronta à vida, à dignidade humana, à cultura indígena e à memória de todas as mulheres que diariamente lutam para sobreviver em meio à violência”, destacou a parlamentar, visivelmente emocionada.

Durante o pronunciamento, Vanda Monteiro cobrou celeridade da Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) nas investigações, para que a justiça seja feita de forma rápida e exemplar. Ela também reforçou a necessidade de efetiva aplicação da Lei nº 4.534, de sua autoria, que prevê o monitoramento eletrônico de agressores.

“É inadmissível que essa lei siga sem aplicação prática por falta de equipamentos. Peço que o governo estadual adquira com urgência os dispositivos para que a lei funcione de fato e de direito, salvando vidas”, afirmou.

A deputada ainda defendeu a ampliação da atuação da Ronda Maria da Penha para comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas e áreas rurais, ressaltando que as mulheres em situação de maior vulnerabilidade precisam ser prioridade nas políticas públicas de proteção.

Em sua fala, Vanda Monteiro também apresentou números alarmantes da violência contra a mulher. Segundo ela, entre 2013 e 2023, mais de 47 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, o que representa uma média de 13 feminicídios por dia. Apenas em 2025, o Tocantins já registrou 4.028 ocorrências de violência contra a mulher.

“Não falo apenas de números, mas de vidas. Cada caso representa uma vida ceifada e uma família destruída. A jovem indígena da Ilha do Bananal não pode ser lembrada apenas como mais um caso de feminicídio. Sua memória deve ser um chamado à ação e um grito por justiça”, concluiu.

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